quarta-feira, 17 de novembro de 2010

...

Só precisava de alguém que não se importasse de me ouvir e de me ver chorar. Pelos vistos está toda a gente ocupada. Mas agradeço do fundo do coração aos que me fazem rir, mesmo sem saber.
Perdi muitas coisas, e outras tantas deixei para trás, mas neste momento só precisava de um desejo. Só um. Grande, e impossível...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Era

Era uma vez.
Era uma vez uma vida cheia de nadas.
Era uma vez uma vida cheia de nadas e coisa nenhuma.
Era uma vez uma vida que depende de várias vidas. Vidas que ama, que sorriem, que riem. Vidas que choram e partilham. Vidas que não são mais que meras vidas, neste mundo cheio de vida e vitalidade, vidas que afinal de contas merecem ser vividas.
Era uma vez, uma vida. A minha. Cheia de gente alegre, de pessoas boas, de ombros amigos. Era uma vez a minha vida. Cheia de sonho, de amores, de esperanças, de cor e alegria. E era uma vez todos os que a conseguem destruir. Todos os que passam por mim e me beijam e abraçam, que me engolem e trespassam. Era uma vez todos esses que odeio. Por quem sinto o sentimento mais repugnante, que alguma vez na vida consiga descrever. Era uma vez, uma vida que joga vidas, e com elas vai vivendo dentro de um jogo, onde avança e recua peças, onde faz cheque-mate. Essa vida não é Deus, nem nunca será. Essa é apenas mais uma vida que destrói vidas, que as consome e não liberta. Mais uma entre outras vidas que criam sentimentos e roubam vida a outras vidas.
Era uma vez, uma vida perfeita. Perfeita em todos os sentidos. Perfeita em sonhos e em realidade. Cheia de verdade e amor. Cheia de amigos, de calor, de cor, de intensidade.
Era uma vez uma vida cheia e plena.
Era uma vez uma vida cheia de raiva. E era uma vez outra vida cheia de inveja e rancor. Cheia de mentiras, de interesse. Era uma vez gente que não sabe o que é, não sabe o que sente, não sabe o que quer, não sabe o que diz. E era uma vez essa mesma gente destruir tudo o que tenho. Era uma vez essa gente tentar. Era uma vez. Uma. Uma única e singela vez. Uma única e pequena tentativa.
Era uma vez, alguém que dizia que Deus escreve direito por linhas tortas, e era uma vez esse Deus tornar direitas as palavras, nas linhas que teimam em entortar. Era só uma vez, em que todos havemos de comer as nozes para as quais não temos dentes.
E era só uma vez, só mais uma, e apenas uma, uma vez que todos os erros se vão cometer, e todas as desculpas serão perdoadas. Só uma vez. Só mais uma vez, essa vez que era uma.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ilusões

Cansada de sonhos, de me agarrar a eles e ser feliz. Cansada de ilusões, promessas e desejos. Cansada do que se diz, e do que nunca se chega a fazer, a realizar. Que se deixa por fazer, por ser feliz. Não vale apena esperar mais pela felicidade, que ela só bate à porta uma vez, e é melhor abrirmos. Parece-me que entretanto a mandei embora. Que a convidei a sair, num acto sádico. Vamos lá algum dia entender o que os humanos querem? Como se sentem felizes? Estou mesmo sem vontade de acreditar em ilusões, de ficar feliz por elas... De felizmente me enganar por enganos infelizes...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

(Pre) Sentimento

Sinto um frio anormal. A janela está fechada, mas o frio não pára de entrar e tenho medo. Sozinha tenho medo.

Falta pouco. sinto que falta muito pouco. Não há mais razão para ter de me esconder atrás de algo que não sou, para não sofrer por algo que amo. Antes sofrer e ser eu mesma, que sofrer por não o ser. Acho que falta pouco para por essa decisão em prática. Sozinha, mas com todo o mundo! De coração partido, mas de braços abertos e sorriso na cara. Pouco me lembro de ser assim, mas lembro me de gostar...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Life

For me, the plan was simple: running away from here, with you on my back. For now, finishing university was a priority, and then we could live together, or maybe marry. Marry you, just your, only you. Thinking about how we are going to solve all those problems that life brings to everyone, thinking of doing everything with you. Starting a new life! With you! It would be the beginning of your lives. Our beginning! With everything that belong to us. The same old friends that advised us so many times. The ones who heard our problems. The ones who tried hard to help us being together now. I would look at you, and think every single time about how mum made me suffer, and how she treated you. I would do every thing for you. Each single day, I would come back home to kiss you and to hug you. To make you happier each single day. But you chose not to be happy. Youve chosen the hard way to be with me. Youve chosen to hurt yourself, making me suffer either. You chose the path you thought were easier, but it wasn’t. It will cut your wrists with no faith. It will bring us down with no mercy. It will postpone our life together forever. But I think that was my karma. To understand how people are different, and that I shouldn’t try to change them. I shouldn’t try to change you, just because I love you, and I want to be with you every single day of forever. That’s the way things are. Maybe next year your path take you to another person, to another life. But I want everybody to know that I don’t want it for you. I want you for me. Promise me to change. Promise me to think about what’s really important. Promise me that you will fight every day for us, such as I did. And such as I’m going to do until the day I die.


Peço desculpa por o inglês não ser perfeito, mas está um pouco cheio de ferrugem. As saudades obrigaram-me a tira-lo de onde o tinha guardado, e a encontra-lo neste estado.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Blah Blah Blah

Coming out your mouth with your blah blah blah
Just zip your lips like a padlock
And meet me at the back with the jack at the jukebox
I don't really care where you live at
Just turn around boy and let me hit that
Don't be a little bitch with your chit chat
Just show me where your dick's at

Music's up
Listen hot stuff
I'm in love
With this song
So just hush
Baby shut up
Heard enough

Stop ta-ta-talking that
Blah blah blah
Think you'll be getting this
Nah nah nah
Not in the back of my
Car-ar-ar
If you keep talking that
Blah blah blah blah blah

Boy come on get my rocks off
Come put a little love in my glove box
I wanna dance with no pants on (Holla!)
Meet me in the back with the jack at the jukebox
So cut to the chase kid
'Cause I know you don't care what my middle name is
I wanna be naked
And your wasted

Music's up
Listen hot stuff
I'm in love
With this song
So just hush
Baby shut up
Heard enough

Stop ta-ta-talking that
Blah blah blah
Think you'll be getting this
Nah nah nah
Not in the back of my
Car-ar-ar
If you keep talking that
Blah blah blah blah blah

You be there laying
You always saying some shit
You say I'm playing
I'm never laying the dick
I'm saying blah blah blah
'Cause I don't care who you are
In this bar
It only matters who I am

Stop ta-ta-talking that
Blah blah blah
Think you'll be getting this
Nah nah nah
Not in the back of my
Car-ar-ar
If you keep talking that
Blah blah blah blah blah

Lembrei-me. Porque em vez de estar a fazer trabalho, ando a ouvir musica e a associar pessoas a músicas! Ai! Férias precisam-se! Part-time precisa-se! Precisa-se de alguém que dance no meu quarto, alguém que cante, alguém que sorria, alguém avacalhe! Talvez hoje seja o dia! Ouvi dizer que há Karaoke por ai...


P.S. -> Estou bastante orgulhosa de um GRANDE Amigo!

sábado, 19 de junho de 2010

Honestidade, NOT AsKnownAs josé Saramago

Desculpem a minha indignação, mas nunca gostei muito de José Saramago.
Um velho muito culto, que veio do nada. De uma terra ribatejana de gente honesta, mas honesto não foi coisa que se tenha tornado. Como ribatejana, sinto mágoa por alguém que levou o meu pais mais longe, que o elevou até às estrelas, mas que conseguiu não ter orgulho no pais da língua em que escrevia. Que no caixão ardas de vergonha pela bandeira que o cobre. Que reboles e tentes gritar, mas que Deus te faça silenciar eternamente. Que Deus agora te julgue, sentado numa mesa a tomar café, e se ria da tua cara, não por não acreditares, mas por criticares quem acredita! Deus saberá que destino te há-de dar.
Mas uma salva de palmas, forte e sentida, pelo teu trabalho. Pelas palavras, os livros.
Não gostei muito de "Memorial do Convento", mas tenho a "Viagem do Elefante" pendurado à uns tempos. E ainda outro. Pode ser que seja desta. Vou já treinar a respiração, para a falta de pontos! Haja Deus!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Honestidade

What you want
(oo) Baby, I got
(oo) What you need
(oo) Do you know I got it?
(oo) All I'm askin'
(oo) Is for a little honesty when you come home (just a little bit)
Hey baby (just a little bit) when you get home
(just a little bit) mister (just a little bit)
(adaptado)

Tenho conhecido muita gente. Pessoas que me arrependo sequer de ter confiado e dado o meu coração. Já conheci também pessoas nas quais confio não só o coração mas a vida. Mas pelo amor de Deus. Por tudo o que há de mais sagrado no mundo, sejam honestos. Não tentem mostrar uma coisa que não são. Não queiram ter mais do que podem. Não tenham para mostrar! Ponham antes nas pequenas coisas que fazem a vossa grandeza. O dinheiro não é tudo. Um dia morremos, e ele fica. Deixa-nos, abandona-nos! Desprende-se como se nunca tivesse sido nosso. E porquê mostrar-mos que somos mais e melhor? Porquê a mania das grandezas? "A vida é feita de nadas", porquê quereres tudo? Exibires-te? Quereres ter mais? A grandeza dos outros, ou mesmo a tua afecta-me. Perturba-me, sim! Mas garanto-te que sou uma pobre feliz. Uma menos rica a quem não falta nada. Lá por o meu telemóvel ser um tijolo, os meus ténis terem atacadores pouco novos, o meu portátil não ser o melhor do mundo, o meu carro não ser meu, tenho orgulho em tudo o que tenho, pois tenho! E não preciso tentar ser mais do que os outros. São as coisas que eu gosto, e que me fazem feliz. Não uns ténis Nike ou Adidas só porque são de marca. São os meus ténis confortáveis que não me magoam os pés nem porventura a alma. É o telefone que não me desilude. A mania das grandezas já me passou, pois vi que nas pessoas mais honestas e mais "pequenas" estão corações bons, e realmente felizes. Pessoas trabalhadoras, que não precisam de exibir o muito que têm.

Por uma destas pessoas honestas, que não precisou de se mostrar maior e melhor, e que soube manter a descrição e a honestidade, os meus sinceros parabéns. Tu sabes que estou sinceramente feliz por ti, pois merecias esta GRANDE vitória! Ainda bem que nas coisas pequenas da tua vida, espalhaste o bom que tinhas em ti!

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és, no mínimo que fazes... (Fernando Pessoa)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Amo-te (mas tu nem reparas...)

Não é por ontem que te amo.
Nem pelo passado.
Nem pelos dias e pelas horas.
Nem pelas coisas tontas que disse, pelos devaneios cheios de amor.
Por nada disso te amo.
Não te amo por todas as palavras, nem por todos os momentos.
Amo-te pelo explodir do sangue nas veias quando me matas.
Quando me fazes sofrer. Quando me doí.
Amo-te quando me lembro que não és tão meu quanto eu quero.
Amo-te pelo minúsculo transformado em gigante, e pelas lágrimas de alegria.
Amo-te, Amo-te por inteiro, apesar de seres sempre meio.
De saber só meio, de tocar só meio, de poder só meio, de entrar sempre a meio.
Mas amo-te na mesma. Amo-te duas metade desse meio.
Amo-te, embora me ames só a meio. A meio da vida, a meio das pessoas.
Um sentimento só a meio, por que sou ainda só meio. Nada garantido.
Tudo mais é inteiro, tudo mais é Amo-te, sem palavras. Hoje e sempre.
Eu sou só por meio.
Revolta-me.
É pena...


Quando era mais nova, era brincadeira. Comecei a crescer, e tornou-se curiosidade. Na faculdade, passou a estranho. Hoje senti medo. Juro! Aquele homem persegue-me. Persegue-nos! É no Entroncamento, é aqui em Lisboa, o Pedro diz que o vê em Sacavém, a minha mãe vê-o em Abrantes. Mas afinal quem é o homem sempre bem arranjado, de cabelo com risco ao lado? Não sou de decorar caras, mas este homem é demasiado estranho. Parece que está sempre onde eu estou. Que arrepio tal me percorre a espinha...! Qualquer dia posto uma foto. Mas tenham cuidado. Ele anda ai!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Vidas...!

Loja Vodafone - CC Vasco da Gama

Menina da Loja - Boa noite! Em que lhe posso ser util?
Eu - Boa noite. O ano passado, mais ou menos por esta altura, adquiri um telemovel, um vodafone 736, mas perdi a factura e queria uma segunda via, porque precisava de arranja-lo, visto que a garantia e de 2 anos.
Menina - Muito bem! Podia dar-me o seu número?
Eu - 91coisoetalemais7digitos
Menina - Está em que nome?
Eu - Ou no meu, e no do meu pai, fulano assim assim [entenda-se, o nome do meu pai]
Menina - Pois. Nesse caso o seu pai terá de escrever uma autorização em como a deixa levantar uma segunda via da factura, onde terá de incluir o nome, número do BI e número de contribuinte.
Eu - ... "(pensamento:) Ora bem, o meu pai deu-me o dinheiro para comprar o telemóvel o ano passado, agora ele estragou-se, e de certeza que quer continuar com ele no estado em que está. Ele até faz colecção de telemóveis avariados! Autorização? O meu pai quer é que o telemóvel funcione e ponha a autorização no c*..." ... Ok. Obrigada!

Isto há com cada coisa neste pais... Que mais parecem duas!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sometimes grey, but always silver

Hoje passei por lá e deu-me saudades.
O coração enchei-se de lágrimas, e os olhos de recordações.
De noites a sentir o frio e a olhar a vista.
Do teu calor. Se seres alguém que eu respeitava e gostava mais que muitas outras.
Por teres feito de minha mãe tantos e tantos dias.

Foi-se-me a inspiração agora, mas lembro-te como alguém que me a elogiou e ajudou.
Devo-te um obrigada. Muitos.
Talvez até um desculpa, mas o que passou, está passado.
É a vida.

domingo, 30 de maio de 2010

Pedaços

Passamos dias a conversar.
Horas a discutir.
Tempos passados, e outros que hão de vir.
Mas as pessoas são um ser que não muda, Um demónio que vive, que sente e que ama, mas que é todos os dias o mesmo. Frágil e inútil. Pouco verdadeiro. Indeciso. Uma autêntica caixinha de surpresas minada de podridão.
Tempos foram aqueles que foram e não voltam mais. Pessoas são aquelas que ficam para trás. Com quem se almoça e janta. Com quem se partilham momentos de raiva e dor. Alegria e Amor.
Amigos. Com esses janta-se a dor e a alegria, e almoça-se raiva e amor. Não existem palavras para explicar o que são, ou a falta que nos fazem. Muito mais que um beijo ou um abraço. São os que ficaram, e hão de ficar sempre, todos os dias da minha vida.
Mas há quem vá sem explicação. Talvez até tenha razão, e parta sem metade do coração. Mas vou voltar errar o meu maior e pior erro. Outra vez.
Tenho muitas perguntas ainda, mas acalmo-me por dentro, e silencio o choro e as palavras. Já não magoa o coração, o que faz arder a vista.

Hoje tenho saudades.
Hoje estou nostálgica.
Sei que vou ter mais um ano para crescer, mas vou alegrar-me com quem se vai lembrar de mim. Acho que fiz amigos para a vida.


"Pelo esforço e dedicação. Pelo empenho e pelo amor. Por todos os que amaram e lutaram mais e melhor. Para os que escrevem um capitulo novo. Para todos nós, que esta nova vida vos acolha de braços abertos. Que vos sorria quando mais precisarem, e que vos faça cara feia para vos lembrar que há força de gigantes dentro de vós. Sejam grandes no que fazem, embora pequeninos na vaidade com que o mostram. Sejam tudo. Tudo de bom, tudo de melhor. Porque têm tudo. E toda a sorte do mundo. Para os que acreditam... Deus guardou uma estrela especial para cada um de nós. Façam-na brilhar SEMPRE! FELICIDADES!!!"



Este texto NÃO foi escrito segundo o Novo Acordo Ortográfico. Nenhum texto há de assim ser escrito. Porque caso fossem, seriam textos impossíveis de ler.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Areal

Caminhava lentamente pela areia.
Pelo areal me levava deixando os meus pés nus e descalços seguirem o caminho que bem entendessem. Sozinha. Despida de nada e vestida de tudo. Despida de ânimo e de alegria, despida de ti. Vestida de horrores e imunda de medo. Quase me passaste ao lado.
Quando olhei, senti um corte fino nos meus pés, e o sangue quente a pulsar-me nas veias.
Vi os meus pés transformarem-se num mar sereno de lágrimas, e as minhas lágrimas num pranto de sangue. As minhas mãos deram um nó cego, visível o suficiente para entender que nada podia fazer por mim.
Deixei que os meus pés se desunissem de mim, como se fosse o destino deles partilharem um caminho diferente que o meu. Mas eu sabia que não. Deitei o meu corpo impávido na areia, e gritei soluços com toda a força que tinha. Só queria que este pesadelo tivesse passado, que o tempo o tivesse afogado no sangue onde o gravou a ferros. Mas deixei que os meus pés fossem. Perdi-os agora!
O rasto de mar sereno apagou o pranto de sangue e eu deixei que tu partisses. Deixei que os levasses. Apaga-me o passado como me apagaste a dor. Apaga-me a dor como no passado me deste alegria. Não deixes de ser o meu caminho, mesmo que eu não tenha pés. Mas...

... Para que preciso de pés, de tenho asas para voar? (Frida Kahlo)

Que sensação de Dejá-vu estranha...

Este texto NÃO foi escrito segundo o Novo Acordo Ortográfico. Nenhum texto há de assim ser escrito. Porque caso fossem, seriam textos impossíveis de ler.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Primeira

Venho por este meio agradecer à primeira pessoa que me entregou a fita escrita.
Tenho a dizer que me marcou bastante, mas que me surpreendeu ainda mais.

Quero que saibas que também tens em mim uma amiga que podes sempre contar.
Txi adoro :)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Capitão Romance - Ornatos Violeta

Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar

Parto rumo à Primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu

Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que resistem
Antes de morrer

Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei nem nada
Do que em mim tocou

Eu vi,mas não agarrei
Eu vi,mas não agarrei

Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver p'ra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro p'ra sentir

E dar sentido à viagem
A sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz "Coragem!"
Volto a partir em paz

Eu vi,mas não agarrei
Eu vi,mas não agarrei

Eu vi,mas não agarrei
Eu vi,mas não agarrei




Para quem me disse que nunca ouviu falar em "Ornatos Violeta"...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Desarrumar o armário

Acho que vou arrancar do armário aquela peça de roupa peculiar que eu, sinceramente não me lembro o nome ao certo, mas que já tem uns anos, e que agora está super actualizado!
A ver se o encontro lá para o meio da tralha...

Peço desculpa por me esconder, mas prefiro minimizar o risco de danos pessoais.

Obrigada a quem me emprestou o PC para eu poder escrever este desabafo! :)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Espero

Espero.
Espero como sempre fiz.
Espero por dias melhores, por respostas melhores, por algo maior.
Alimento-me da espera que me dá alento, e me põe um sorriso na cara quando é preciso.
Espero por aquilo que sei que não vou ter, mas espero. Porque a esperança é a última a morrer.
Mas até lá espero.

Não. Antes vou à luta e trago o que espero. Espero eu que o traga.

Que eu traga também pessoas verdadeiras. Genuínas.
Felizes os que acreditam sem ver. Eu acredito que hajam pessoas assim, mas antes tenho de as ver.


Ficam só as melhoras para todos os que não escaparam à gastroenterite (e ao arroz com água)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Cenas!

Há certas acções de certas pessoas que ainda me conseguem deixar estupefacta....
Depois admiram-se...


E admiro-me eu também, de ser tão amiga e me lembrar sempre.
Enfim, eu não aprendo...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Pertenço-te

Apetece-me roubar-te um beijo. Gritar-te o meu amor. Abraçar-te!
Mas estás a dormir... Xiu! Faço silêncio para que a minha imaginação não te acorde, mas tendo ver o teu sorriso de menino. És-me toda a felicidade que o mundo pode dar. Fazes o meu sorriso ser perfeito todos os dias, mas matas-me melhor do que já alguém soube matar.
Deixas-me sofrer e morrer, até que o amor se me acabe, e que o último pedaço do meu corpo consiga gritar que te ama, mas mesmo assim, eu amo-te! Porque me fazes renascer nas cinzas, da lama, do fundo. E me trazes brilho e alegria. Paz. Trazes-me mais do que poderia pedir-te, e amas-me mais do que posso pedir a alguém. Amas-me e eu amo-te, e ninguém de nós pode tirar isso. E o teu sorriso. E o teu brilho nos olhos. E a tua pele de bebé.
Tu fazes os meus olhos ver todas as cores e sonhar todos os sentimentos. Ah! [sorriso]
És vida. És protecção. O teu sorriso de menino derrete o meu coração. Os teus braços fortes protegem-me como se fosse talvez eu, ainda menina. As tuas mãos apertam-me e seguram-me com força.
Quero tanto ver o mesmo que tu vez, hoje. Amanhã. Todos os dias da minha vida!
Quero-te na minha vida, por mais que isso possa custar-me e custar-te, e por mais felicidade ou tristeza que isso possa trazer. És tu. TU! É para ti que envio a primeira mensagem do dia, é para ti que vai o meu primeiro sorriso, o meu primeiro olhar, o meu primeiro pensamento. Porque tu me és tudo. E eu amo. A ti. Como não fiz, e não conseguiria jamais fazer com outro alguém. Porque parece que te pertenço. Parece que ligamos como duas peças que se encaixam neste puzzle que é a vida!
Que assim seja...

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Não podia deixar de dar a minha palavra de... Solidariedade? Não... Oferecer a minha mão de amiga, ou o meu simples ouvido de boa ouvinte, para quem acreditou em tudo o que eu acredito. Em toda a felicidade que me preenche.
Eu acredito que quando Deus nos fecha uma porta, nos abre uma janela.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Devaneios

There's something about love that i still can't understard. There's something that i still can't fight with. There's something. In me. Something that makes me angry and unsatisfied. Something i can't stand. Something. Exploding in my heart, making me cry and scream. There's something missing. Something.

Qualquer coisa.
Qualquer coisa que falta. Falta de entendimento, de preocupação. Falta de pormenores. Falta de atenção aos mesmos. Falta. Ou talvez um penalty marcado na direcção errada, que falhou completamente o meu coração.
Desinteresse. Por mim. Por tudo. Pelo essencial. E "o essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas."
Há responsabilidade em cativar... Afinal!

terça-feira, 2 de março de 2010

A História da Mala de Viagem

Era uma vez uma mala. Não me interpretem mal, uma mala de viagem. Grande, robusta, colorida. Estava exposta numa loja de bairro, pequenina, mas a sua cor fazia com que todos os olhos saboreassem a sua beleza. Não demorou muito tempo para chegar alguém que quisesse a sua companhia. O seu preço não era alto, tendo em conta os dias de hoje, mas era um pouco acima da média, no tempo em que as cores desta mala trespassavam os corações de alegria.
Viajou por muitos países, conheceu outras malas, mais altas, mais gordas, de outras cores, religiões, profissões e línguas. Recolheu autocolantes, selos e brilhantes para que pudesse mostrar que tinha um mundo dentro dela, e que toda ela era um mundo. Na casa da senhora que a tinha comprado, uma senhora de meia idade, de pernas finas, de nariz muito pontiagudo e cabelos laranjas, haviam outras malas. De viagem, de mão, mochilas, todo o tipo de acessórios que apoiam maioritariamente o sexo feminino na arte de guardar o prescindível e o muito imprescindível. Havia um malão em particular, que atraia a mala de cores garridas. De linhas direitas, preto, a sua pele reluzia como um sol, e todas as malas estavam apaixonadas por ele, excepto a nossa mala. Como é de esperar, o malão ficou hipnotizado por tais cores tão belas, e, passados uns tempos, lá juntaram os tecidos.
Um dia, a mala foi convidada pelas suas amigas malas de mão para uma festa que seria dada no armário de uma delas. Foi um dia muito feliz para a nossa mala, de tal maneira que as suas cores se tornaram mais vivas! Finalmente o dia tinha chegado, mas dirigia-se para o armário com muitas dúvidas. Quando lá chegou definitivamente, deparou-se com algo que não esperava. A imagem quase lhe cegou as cores radiantes de alegria. As malas estavam modificadas! Muito modificadas! Tinham tecidos novos e reluzentes. Falavam entre elas sobre assuntos que a mala não era capaz de entender. Tinham cores novas, fechos diferentes, formas arrojadas, mais modernos, cortes extravagantes e modernos, e cores mais discretas. Tudo nelas era melhor e eficaz. Nelas circulava um cheiro incomodativo e desconhecido. "Mas eu continuo a conseguir carregar muito em mim! Roupas, acessórios, presentes. Memórias!" - pensou. Mas as malas sorriam e continuavam a falar como se ela não estivesse ali presente. Falavam, riam, falavam, sorriam, partilhavam experiências e palavras que a mala se esforçava para entender, mas não conseguia. Assim foi perdendo a cor. Apenas os autocolantes coloriam o cinzento quase preto que cobria todo o interior e exterior da mala - estaria prestes a deixar cair algumas lágrimas, diria eu que não sou mala - um cinzento tão negro, que fez com que a mala conseguisse confundir-se com o negro da escuridão, e sair do armário sem que se soubesse. Uma das malas de mão gritou um desculpa sentido, mas a palavra não ecoou no ar, pois continuaram os risos e as conversas de enigmas. Foi juntar-se ao malão, mas este permaneceu imóvel. Talvez tivesse morrido, pensou ela, ou apenas a dormir.
Na manhã seguinte, o malão saiu do seu cubículo, ainda meio extasiado pelo sono, e não voltou nesse dia. Nem nos seguintes. Nem nunca mais. Veio a saber tempos depois que teria sido enviado para uma fábrica para copiarem o seu modelo e que ele permanecera exposto no gabinete do administrador da fábrica, já falecido. O malão, claro.
O malão foi substituído por uma mala de viagem com rodas e cadeado, bastante moderna, mas igualmente simpática. A mala que outrora tivera cores e guardado memórias, partilhou a sua história, mas, no dia em que a terminou, avistou mais uma mala. "Que lugar irá ocupar?!" Não tardou a obter a sua resposta. A viagem foi longa e dolorosa. ainda pior que a de um avião, mas a mala sobrevivera. Não tinha reparado, mas tinha um corte, por onde tinha deixado sair algumas das suas lindas cores. Já cansada e gasta, foi atirada para um contentor do lixo, mas Deus escreve direito por linhas tortas, e a mala caiu imóvel no chão. Com frio e cheia de medo do que mais lhe iria acontecer, encolheu-se o máximo que pode, e assim passou alguns dias, quem sabe meses ou anos. Mas quando a chuva parou e a sua cor cinzenta começou a clarear, deparou-se com uma montra que lhe parecia familiar. a montra onde uma vez estivera exposta. A sua montra! Contemplou-a durante um tempo indeterminado, e quase que as suas cores estavam a voltar, até que alguém pegou na mala, a levou para casa e a cuidou com carinho. As suas forças escasseavam, mas dava o seu melhor para guardar todas as memórias que tentavam atafulhar dentro dela. Como isso a fazia feliz! Mas um dia, a derradeira memória, as roupas mais pequeninas que se podem fazer, uma das maiores felicidades que alguma vez se pode ter um presenciar, foram demasiado grandes para caber naquela mala, que em tempos multiplicava sorrisos. Neste dia, foram os seus donos que lhe deram um grande sorriso a ela, e assim partiu feliz...!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

E já é Carnaval mais uma vez...


Quando era mais pequena, adorava o Carnaval! Podia ser uma princesa ou uma chinesa ou a minie, ou fosse o que fosse. Incrivelmente, era mais um dia de felicidade na minha pura inocência. Quantos dias não são mais assim?
Um assombro e um terror por coisas que não existem. Um medo constante de não conseguir atingir o que nem sequer sei se vou viver.
Palavras que correm como um rio, sem pensarmos nos efeitos que podem causar. Mas todos os dias pomos aquela mascara que nos serve tão bem e encaramos a personagem que melhor sabemos fazer. A felicidade.
Conto desesperadamente os dias para poder fugir daqui e voltar nunca mais. Correr para a eternidade contigo levando tudo o que posso, eu.
Há dias que foram (des)feitos apenas para não existirem. Como sinto que a maioria deles, na minha querida e acolhedora casa, se tornam quase asfixiantes. Como pude deixar as coisas chegarem a este ponto? Como não soube libertar-me a tempo, para poder em paz algum dia dedicar-me só a ti?
Não me parece justa esta vida. Parece-me demasiado cruel. Ainda bem que tornas tudo mais doce.


Aconselho vivamente a ouvirem "Playground Love - Air". Tem um efeito brutalmente apaziguador. Funciona naqueles momentos em que só queremos fechar-nos num cantinho, e que toda a gente nos deixe em paz.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Aperto

Há muito mais num amor, que simplesmente atracção.
Há muito mais raiva na dor, que simplesmente frustração.
Há muito menos pessimismo na tristeza que optimismo na alegria.
Há apenas três dedos de felicidade quando escrevo. O coração é-me arrancado do peito num misto de tranquilidade e completo desespero.
Olho para tudo e vejo que nada deve ter alguma solução. A menos que a solução seja melhor que coisa nenhuma. Olho mas não vejo.
Quis esquecer o que me preocupava, mas apenas consegui desaparecer do mundo, esquecer como se sorri. Procurei soluções onde elas não existiam, mas encontrei esperança onde não acreditava estar.
Senti-me estranha. Sinto-me estranha. Sou estranha, quando enfrento toda aquela gente, a quem sorria todos os dias. Todos me sorriram de volta, mas fechei-me na minha concha e agora tenho medo de sair. Tenho medo de errar. Toda a esperança que tinha ao inicio só me tem deixado mais e mais desiludida. Falsas esperanças. Talvez falsos caminhos, completamente percorridos. Não há maneira de voltar atrás.
Os anos vão passando, e vou procurando uma saída neste caminho que é a minha vida. a cada passo, muitas portas se fecham. Muitas mais do que as que tendem a abrir. Só não há volta a dar. O que está para trás, ficou para trás. As paredes são grandes e consistentes. O tecto não deixa resplandecer como teriam sido outros caminhos. Fico-me pelo admirar a paredes que me envolvem e grito: "Eu podia ter sido melhor desse lado!", mas ninguém responde. Eu realmente podia ter sido bem melhor...