sábado, 24 de janeiro de 2009

Tu

Beijaste-me e o tempo parou.
Curaste parcialmente a minha dor, mas nem por isso a levaste embora. Ela desapareceu sozinha.
Mas beijaste-me. Deste o que de melhor há em ti. A expressão máxima da tua beleza interior.
A tua simplicidade e a tua perfeição numa mistura refinada de um sabor inexplicavelmente agradável. Ou não fosses tu. Não fosse o teu beijo.
Não fosse a minha vida confundida com a tua, misturadas até ao mais ínfimo milímetro. Não fosse então o meu plano fugir daqui para longe com uma roupa velha na bagagem e tu pela minha mão. E talvez uma caneta e uns papeis.
Encostar a minha cabeça no teu peito e ser feliz o resto da vida.
Sim!
É isso que eu quero para mim. Para nós!
Porque eu não sou eu sem ti!
Sou o que sou, e fazes-me melhor do que sou a cada segundo.
Amar-te é um vicio.
Ainda bem!

[Post Scriptum - Politicamente correcto. Tenho saudades do meu melhor amigo!]
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Não ao Novo Acordo Ortográfico

Bem vindos!

Inspirada na mudança da Cláudia, e na expectativa de fazer algum diferente, aprendi algumas coisas.
Só o aspecto muda. As palavras hão-de ser as mesmas até ao fim. Até sempre.

Se acharem que é difícil de ler, ou seja o que for, é com gosto que volto a repor o blog como era ou... sei lá! Escrevam, transmitam ideias!

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Não ao Novo Acordo Ortográfico

sábado, 17 de janeiro de 2009

Desabafo

Não faço.
Não falo.
Não penso.
Não escolho.
Não sinto.
Não posso.
Não quero.
Não consigo.
Não devo.

Desapareço.
Desvaneço.
Desintegro-me.
Desespero.
Desinteresso-me.
Mágoa.
Dor.
Lágrimas.
Tentar e não conseguir.
Tentar com força.
Medo.
Raiva.
Injustiça.

"Vou bater-te como nunca na tua vida sentiste dor. Hás-de chorar mais do que no dia em que nasceste. Gritar mais que no primeiro momento em que a luz bateu nos teus olhos indignos dela. Hás-de aprender a respeitar o tempo e o amor. Vou desfazer-te tal e qual como me deixaste sem sequer me tocares. Vou esfolar-te e esbofetear-te. Vou rasgar-te a triste roupa para que sintas a vergonha que eu sinto por te ter amado tanto. Vou odiar-te como se odeia a morte. Vou matar-te como me fizeste morrer. Vou tirar-te tudo. Porque tu não mereces nada que não isto que te vou fazer. És horrível. Feia. És cruel. Vou vomitar o meu nojo por ti, a tua indecência, a tua traição e meu sentimento por ti, em cima de ti mesma. Vou fazer com que nem o próprio diabo te queira no inferno. Nem a vida consegue suportar-te, nem a morte tem coragem de te levar. Hei-de gritar até que as minhas cordas vocais rebentem, e hás-de ouvir-me até que os teus ouvidos fiquem surdos de dor e sangrem de culpa. Há-de pesar-te a culpa tanto, como a mim me pesa a dor."

Vou continuar a ver de longe. Cada vez mais de longe.
Vou apenas conseguir esquecer-te.

É apenas um desabafo em tempo de desespero.
Mas eu continuo a acreditar que este tempo há-de trazer bons frutos.
À parte de tudo isto, parece-me que dei um nó... Cego! Vai demorar a desatar...

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Não ao Novo Acordo Ortográfico

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Acredita!

Se acreditares, acredita em ti!
Acredita mais.
Mais alto.
Mais forte.
Mais vezes.
acredita com tudo o que tiveres.
Acredita as vezes que forem precisas e as que não forem.
Acredita à segunda feira, à terça, à quarta, à quinta, à sexta até mesmo ao sábado e ao domingo!
Acredita também quando estas a dormir!
Acredita quando mais ninguém acredita.
Acredita sozinho e acompanhado.
Por ti e pelos outros.
Acredita nos outros, mas principalmente em ti!
Acredita que fazes.
Que sabes.
Que consegues.
Que dominas.
Que és capaz.
Acredita nos tempos bons e nas épocas más, mas não deixes de acreditar!
Porque isso de acreditares em ti, compensa!
Acredita!!!

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Não ao Novo Acordo Ortográfico

domingo, 11 de janeiro de 2009

Eras...

Eras a minha maior esperança. O meu maior desejo. A minha vontade. A minha alma. A minha vida transformada em ti.
Quis-te tudo.
Quis que fosses sempre mais e melhor. Quis para ti a verdade.
Dei-te a minha verdade. O meu lado lunar. Os meus segredos. As minhas mágoas. As minhas raivas e tudo o que me atormentava o coração. Confiei-te tudo o que havia para confiar. Entreguei a minha vida nas tuas mãos. Tomei-te como maior.
Adorei-te com tudo o que era. Amei-te com tudo o que tinha. Venerei-te com todas as minhas forças. Consumias-me cada vez mais ao longo de cada dia que passava contigo.
Eras quem detinha a minha verdade. Eras-me! E eu amava-te como quem ama a vida.

Mas mataste-me.
Traíste-me.
Arrancaste e esquartejaste o meu coração como se de um brinquedo se tratasse. Com violência. Sem dó. Sem qualquer piedade!
Ouviste o grito de dor e sorriste.
Foste o horror e a morte. O desespero, a raiva.
Quis morrer. Quis morrer o mais depressa possível.
Depois quis acordar e acreditando que estava a sonhar.
Com todas as minhas forças quis magoar-te. Magoar-te lá bem no fundo. Como tu merecias. Mostrar-te a mentira que sempre foste e na miserável verdade em que te tornaste.
Mataste-me e nunca te arrependeste. Já não vais a tempo.
Agora és o negro e a sombra. És reflexo de tempos bons e de um corpo. Um morto. Podre. Feio, mas que em tempos foi perfeito. Estendido no chão, que tu, com todo o cuidado, cobriste de dourado e fizeste desaparecer.

Agora és apenas isso.
E nada.
Ninguém.

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Não ao Novo Acordo Ortográfico

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sozinha

Já lá vão três dias, e eu continuo aqui. Sozinha.
Sozinha como quem quer libertar um sentimento que ama, ou reprimi-lo para evitar o sofrimento. São dias de frio. Não de chuva. Mas frio.
Sozinha, aqui sem ti. Porque eu não pertenço a mais ninguém que não a ti. Por mais que o mundo esboce sorrisos, que todos digam palavras doces e que muitos gestos possam acalmar a saudade que me vai cá dentro, tu não está comigo. Não posso olhar-te como te olho sempre. Não podes sorrir-me como sorris naqueles dias em que não há mais ninguém para além de mim e ti.
A vida tem destas coisas, mas quero que entendas que por mais palavras que diga, e mais erros que faça, a minha vida não é vida sem ti. Porque é o teu nome que grita todos os dias na minha cabeça quando acordo e a cama está vazia. Porque é o teu nome que o meu coração chama todos os dias quando me deito. Porque és tu que és o amigo mais especial e porque é em ti que está toda a minha esperança e toda a minha vida.

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Não ao Novo Acordo Ortográfico