domingo, 26 de abril de 2009

Amo-Te



Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.

E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.

Não é exactamente isto que eu sinto, mas sinto que te amo. És tudo o que de melhor podia querer e de pior podia imaginar. Já perdi a conta às palavras que te deixei aqui, mas nenhuma delas, sei-o bem, consegue alguma vez descrever o que vêem os meus olhos quando te olham e o que o meu coração sente quando palpita mais depressa por estares ao pé de mim.

Amo-Te
*****

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Livro

Abri um livro no outro dia.
Já não me lembrava da sensação de abrir um livro à muito tempo.
Aquele misto de emoção e curiosidade, levaram-me a ler as primeiras páginas. Não era mau, e começava a ser algo interessante. Pelo conhecido título, apreciado por muitos, achei por bem ser mais uma a lê-lo, mas parei.
Parei nas primeiras páginas com medo do fim.
Medo da desilusão de mais um fim que me faz detestar mais um livro, e cada vez menos ter aquela vontade de me agarrar a cada um deles e poder ama-los tanto como a mim mesma.
Fechei-o no desespero de mais uma tentativa falhada, na esperança de um final feliz. De um final que me agrade. De um final que vá realmente ao encontro do que penso, espero, sinto e concordo.
Um final que me possa tornar a mesma pessoa, não de ontem, mas da semana passada. De à muito tempo atrás, mas que sabia mais que nunca o que estava certo. Que sabia fazer O certo.
Vou parar de escrever, e ler o que alguém outrora escreveu na tentativa sabe-se lá do quê.

Literal, ou não literalmente.

domingo, 19 de abril de 2009

Perdida, quase achada

Acho que deixei a minha esperança perder-se com os sonhos que cultivava desde à uns tempos para cá.
As pessoas não mudam, apenas se mostram como são. E é difícil viver na ansiedade de ser julgado a cada passo que se dá, na ansiedade de mais um pouco de amor e compreensão.
Sinto-me cada vez mais a fugir de mim mesma. Com medo de falar e olhar para as pessoas. Como se tivesse feito algo que fosse correcto. Quase consigo habituar-me a este eu, que não sou eu. A isto que está em mim.
Onde deixei o meu bocadinho de mim?
A minha estupidez, a minha vontade de gritar e dançar no meio a rua, de abraçar os meus amigos a todos os minutos e segundos, e dizer-lhes que os amo mais que a mim mesma, ao mesmo tempo que os encho de beijos?
Os cafés, as combinações, as festas, as saídas, a animação, o optimismo. Onde está isso tudo que eu sentia?
As trocas de olhares e trocas de silêncios. Trocas de experiências e trocas de algo mais. Trocas de amizade, e trocas de sorrisos. Será que também eu me deixei trocar pelo que sou agora?
Fico com medo de experimentar ser eu de novo outra vez. As pessoas olham, falam e comentam. Tenho que ser o que se pretende que eu seja. Bonita, simples, arrumada, organizada, ajuizada, simpática, sempre de sorriso nos lábios, com tempo para tudo, inteligente, boa ouvinte, confidente, confiante, sem medos nem receios, perspicaz, audaz e atenta. Submissa, cega, muda, surda.
O contrário do meu bocadinho perdido.
Apesar de não poder recupera-lo, ou não dever, ou não querer, sei exactamente onde deixei...

sábado, 18 de abril de 2009

Where you gonna sleep tonight?


amy macdonald - this is the life


Quantas e Quantas vezes não acordei já, exactamente com esta música descreve?
E a perguntar-me onde é que vou dormir, literalmente?

Estou cansada das quatro paredes de Lisboa. Mais que cansada...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Coisas estranhas

No meio de estudos e trabalho, decidi descansar os olhos e acalmar a alma num dos blogs que sigo. Gosto de compreender a maneira como as pessoas vêem o mundo e as coisas, quando então me deparo com alguém que consegue criticar e conhece a razão sobre um dos maiores dilemas de uma rapariga. Contar-lhe ou não contar. Se nem nós próprias, nem as nossas amigas ou amigos conseguem chegar a um consenso, pois fomos educados de maneiras diferentes e a nossa percepção do mundo varia, como pode alguém, anonimamente, escondido atrás da cobardia e do medo, pode dizer-se dono e senhor da razão?
Lutar ou deixar-mo-nos embalar por um sentimento tão puro e bonito mas ao mesmo tempo tão negro e horrível, é como que andar numa montanha russa.
É bonito falar-se por fora quando falta a coragem e a sinceridade e uma amizade bonita começa a ser inundada de ciumes e orgulho.

Pelos vistos, o ex-melhor amigos, é um conceito que me liga a pessoas especiais. Talvez a substituição de um por outro, nos torne mais fortes e pessoas melhores, e mais aptas para aceitar e conviver com pessoas melhores. Com as melhores pessoas do mundo.
Porque os meus melhores amigos não impõem o que eu devo fazer, mas sugerem-no de tal maneira, que é impossível não terem razão e encontrar algum argumento que refute a sua posição. São estes os melhores amigos que eu escolhi. Os melhores dos melhores. *****

quinta-feira, 9 de abril de 2009

11 - Com Simplicidade

Convidaram-me a jantar no Eleven.
Sim, aquele restaurante que só determinadas carteiras conhecem.
Convidaram-me a ir lá como que numa troca de experiências e recompensa pelo trabalho. Trabalho, esforço e sucesso de quem conseguiu poder dizer "Sim, podemos ir jantar ao Eleven que eu pago".

Não foi isso que, no entanto me surpreendeu mais nessa noite.
Foi o rasgo de simplicidade, como que voltando ao inicio, àquilo que nós somos quando somos exactamente nós e não pretendemos nem fingimos ser mais ninguém. À nossa essência. Um gesto simples, num sitio simples. A ambição leva a cabeça das pessoas, mas por momentos, pode deixa-las exactamente onde estão.
No sitio onde sempre estiveram.
Não perdido, simplesmente achado, no momento correcto.
Há tanta coisa na vida que é coerente e que não nos deixa a pensar na sua beleza, e que a sua simplicidade esconde um brilho que encandeia.
Não foi o poder jantar num sitio caro, mas o jantar num sitio, nO Sitio que me fez ver que realmente as pessoas mudam. Mas só muda quem quer.
Porque prefiro comer num sitio especial e que me marque, que num sitio luxuoso e vazio de conteúdo, sentimentos, emoções.

Já dizia Miguel Torga "A vida é feita de nadas..."