domingo, 30 de maio de 2010

Pedaços

Passamos dias a conversar.
Horas a discutir.
Tempos passados, e outros que hão de vir.
Mas as pessoas são um ser que não muda, Um demónio que vive, que sente e que ama, mas que é todos os dias o mesmo. Frágil e inútil. Pouco verdadeiro. Indeciso. Uma autêntica caixinha de surpresas minada de podridão.
Tempos foram aqueles que foram e não voltam mais. Pessoas são aquelas que ficam para trás. Com quem se almoça e janta. Com quem se partilham momentos de raiva e dor. Alegria e Amor.
Amigos. Com esses janta-se a dor e a alegria, e almoça-se raiva e amor. Não existem palavras para explicar o que são, ou a falta que nos fazem. Muito mais que um beijo ou um abraço. São os que ficaram, e hão de ficar sempre, todos os dias da minha vida.
Mas há quem vá sem explicação. Talvez até tenha razão, e parta sem metade do coração. Mas vou voltar errar o meu maior e pior erro. Outra vez.
Tenho muitas perguntas ainda, mas acalmo-me por dentro, e silencio o choro e as palavras. Já não magoa o coração, o que faz arder a vista.

Hoje tenho saudades.
Hoje estou nostálgica.
Sei que vou ter mais um ano para crescer, mas vou alegrar-me com quem se vai lembrar de mim. Acho que fiz amigos para a vida.


"Pelo esforço e dedicação. Pelo empenho e pelo amor. Por todos os que amaram e lutaram mais e melhor. Para os que escrevem um capitulo novo. Para todos nós, que esta nova vida vos acolha de braços abertos. Que vos sorria quando mais precisarem, e que vos faça cara feia para vos lembrar que há força de gigantes dentro de vós. Sejam grandes no que fazem, embora pequeninos na vaidade com que o mostram. Sejam tudo. Tudo de bom, tudo de melhor. Porque têm tudo. E toda a sorte do mundo. Para os que acreditam... Deus guardou uma estrela especial para cada um de nós. Façam-na brilhar SEMPRE! FELICIDADES!!!"



Este texto NÃO foi escrito segundo o Novo Acordo Ortográfico. Nenhum texto há de assim ser escrito. Porque caso fossem, seriam textos impossíveis de ler.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Areal

Caminhava lentamente pela areia.
Pelo areal me levava deixando os meus pés nus e descalços seguirem o caminho que bem entendessem. Sozinha. Despida de nada e vestida de tudo. Despida de ânimo e de alegria, despida de ti. Vestida de horrores e imunda de medo. Quase me passaste ao lado.
Quando olhei, senti um corte fino nos meus pés, e o sangue quente a pulsar-me nas veias.
Vi os meus pés transformarem-se num mar sereno de lágrimas, e as minhas lágrimas num pranto de sangue. As minhas mãos deram um nó cego, visível o suficiente para entender que nada podia fazer por mim.
Deixei que os meus pés se desunissem de mim, como se fosse o destino deles partilharem um caminho diferente que o meu. Mas eu sabia que não. Deitei o meu corpo impávido na areia, e gritei soluços com toda a força que tinha. Só queria que este pesadelo tivesse passado, que o tempo o tivesse afogado no sangue onde o gravou a ferros. Mas deixei que os meus pés fossem. Perdi-os agora!
O rasto de mar sereno apagou o pranto de sangue e eu deixei que tu partisses. Deixei que os levasses. Apaga-me o passado como me apagaste a dor. Apaga-me a dor como no passado me deste alegria. Não deixes de ser o meu caminho, mesmo que eu não tenha pés. Mas...

... Para que preciso de pés, de tenho asas para voar? (Frida Kahlo)

Que sensação de Dejá-vu estranha...

Este texto NÃO foi escrito segundo o Novo Acordo Ortográfico. Nenhum texto há de assim ser escrito. Porque caso fossem, seriam textos impossíveis de ler.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Primeira

Venho por este meio agradecer à primeira pessoa que me entregou a fita escrita.
Tenho a dizer que me marcou bastante, mas que me surpreendeu ainda mais.

Quero que saibas que também tens em mim uma amiga que podes sempre contar.
Txi adoro :)