domingo, 4 de maio de 2008

IC...

O que é afinal um IC?
Até hoje à tarde, o InterCidades para mim, não passava de um mero meio de transporte, um comboio, mais rápido que um Regional, e ligeiramente menos rápido que um Alfa Pendular.

Mas depois de ter chegado ao fim da viagem, conclui que o IC é um "apagador" de memórias, de sentimentos, de recordações.
Quando parou em Vila Franca, e passou pelo jardim que ladeia a estação. O jardim que tem patos e um pavão e pássaros numas gaiolas grandes. Do outro lado, o café dos croissants deliciosos, que afinal já encerrou.
Enquanto passava pelo Rio Tejo, o rio que passa na vila ao pé de onde antes morava todos os dias. O rio que eu via da esplanada onde ria e chorava e gostava de conversar quem duas ou três pessoas.
Quando passou pela estação do Oriente...
Quando passou rápido pelos cafés em redor do Parque das Nações, quando passou depressa por todas as boas memórias que esses locais deixaram. Como se significasse que eu deva também passar depressa por essas recordações. Que eu devesse apagá-las, e viver como se nunca tivessem acontecido. Ou como se eu devesse recorda-las por breves momentos, depressa... rápido... Para que essas recordações não me impessão de chegar ao destino.
Mal por mal, seria pior reviver essas recordações outra vez, com outras pessoas que não as que fizeram com que essas recordações se considerassem boas.
Mal por mal, é preferivel passar rápido pelo que não pode acontecer nunca mais.
Mal por mal... Que fiquem essas recordações, e não mentiras...


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Não ao Novo Acordo Ortográfico

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