quarta-feira, 18 de junho de 2008

Again...

[actualizado]
Sempre gostei mais de escrever que de falar.
Sempre me foi mais fácil exprimir o que penso e sinto por palavras que se leiam do que por palavras que se ouçam.
Já escrevi demasiadas vezes sobre este tema, mas sabe quem melhor me conhece, que não sou de esquecer assuntos que não ficam convenientemente resolvidos. Sejam eles quais forem.

Não há paciência para certas atitudes, é verdade. Mas se não aceitarmos os outros como eles são, e adaptar-mo-nos a isso, vamos continuar sempre a viver num mundo que pensamos que gira à nossa volta, quando na realidade gira em torno de todos nós.
Já pedi desculpa uma vez.
Já pedi desculpa duas vezes.
Já pedi desculpa muitas vezes.
Mas ler palavras que, quem as escreve, sabe tão bem quanto eu, que me iriam magoar, não é de bom tom! Não é bonito desrespeitar uma pessoa argumentando que ela te desrespeitou.
Enfim. Eu posso esquecer isso.
Mas depois falarem como se nada houvesse acontecido, como se ninguém tivessem magoado... Afinal não posso esquecer isso.
Quem lê, pois claro, concordará que tenho razão.
Quem não concordaria vendo apenas um ponto de vista?!
Não basta ver apenas um para julgar todos. Há que saber todos.
Vendo apenas um lado do "problema" é fácil tirar conclusões e julgar seja quem for. Difícil é entender o outro lado do problema quando um lado não quer falar com o outro, e o outro não têm paciência para falar com o primeiro.

Desta vez não vou pedir-te desculpas porque não as mereces.
Não desta vez!
Digamos que isto é uma espécie de desabafo...
Visto que as coisas não vão mudar, e que afinal as pessoas mostram agora ser o que realmente são.
Pena algumas não o terem mostrado desde o inicio.
Pena que o que era no inicio, não seja agora e sempre.
Pena que as coisas mudem... Para pior.
Pena que não tenhas carácter para esclarecer as coisas. Mas há pessoas assim.

Sim, já me mentalizei que o amigo de primeiro semestre não existe.
Quase como uma criança, criei a ideia de um amigo imaginário, que estava sempre presente quando precisei. Que dizia o que tinha de ser dito, quer fosse bom ou mau, mas que sabia que palavras dizer para não me magoar. As mesmas palavras que usou para me magoar.
Um amigo que tinha paciência para ouvir os teus desabafos de adolescente, os devaneios emocionais intensos, as expressões de emotividade extremas.
Pudesse a minha maneira de ser, ser inoportuna para todos, e eu teria de mudar. Ser ela insuportável para apenas uma pessoa...
Eu sei que o assunto já chateia.
Só eu sair magoada desta história, não significa muito. Mas o "só" não se aplica exclusivamente a "eu", infelizmente...
Mas tenho que ser eu a tentar novamente resolver as coisas, não é? Depois do elogio que me teceste... Tenho que provar-te mais uma vez, que sou o que me elogiaste.
O que me magoa no meio disto tudo, é gostar e acreditar ainda no amigo do primeiro semestre. É pensar que por ele volto a pedir desculpa sem ser culpada.
Disposta mais uma vez a fazer o que não devia, por uma amizade que cresce quando só um lhe dá de beber.
Acredita que sinto imensa raiva aqui dentro.
Acredita também que te adoro! Aliás, amo-te! Como amo todos aqueles e aquelas que desde o primeiro dia em que, separados por pequenos espaços, nos sentamos à entrada do ISEGI, continuaram a ser o que eram.
Não entendo como possa a minha maneira de ser emotiva afectar-te apenas agora. Não afecta mais ninguém a não ser tu. Vais continuar sem responder-me, sei-o bem!
Se calhar é porque também tens alguma culpa. Arrependes-te do que deixas por fazer e não fizeste... Que tal atirarmos o orgulho para trás e conversarmos, em vez de eu fazer devaneios parvos e estúpidos neste blog? Devaneios que NUNCA hás-de ler? Não chega já de não seres o rapaz porreiro que eras no primeiro semestre?
Mais perguntas não!
Já sei respostas. És assim. Tanto te dá para magoares como falares como se nada se tivesse passado. Mas tu não te preocupas e eu sim.
Ambos já perdemos amigos. Amigos que eram para a vida. Eu arrependi-me e jurei que aprendia a lição. Não aprendi!
Mas acredita, se tiver que ser assim para sempre, quando eu esquecer, esqueci!
Não quero nunca mais que voltes a ser a pessoa do primeiro semestre, pois já nem conheço essa pessoa!
Sim! Estou a dizer-te que ainda aceito um 'pára de ser parva, tamos na boa'.
Peço-te já meia desculpa de adianto. Peço-te, talvez um dia quando tiver coragem de olhar devidamente para ti, essa mesma meia desculpa que me cabe pedir à tua frente. Mas apenas meia.
Porque também não tiveste vergonha de me dizer para pedir ajuda aos meus verdadeiros amigos! Pedi-te a ti. Não me enganei!
Cego não é o que não vê, mas o que não quer ver.

As únicas pessoas que podemos odiar são as que amamos.
Os amigos verdadeiros sabem disso...


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Não ao Novo Acordo Ortográfico

1 comentário:

INTER disse...

O título do post diz tudo: "Outra vez"... Já te disse tudo o que tinha a dizer, mas também sabes que estou sempre disponível para te ouvir.