sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Três

São três as vezes que tentei esquecer o assunto.
Três vezes são aquelas que tentei resolve-lo.
Três.
Três as vezes que me arrependi.
Três as vezes que me prometi vingar.
Três as vezes que jurei que nunca mais ninguém era digno da minha confiança.
Três as vezes que gelei sem me aperceber.
Três as vezes que culpei alguém sem culpa, por o culpado me culpar três vezes.
Três as vezes que não consegui perdoar-me por abominar tanto alguém três vezes.
Três foram as vezes que dos meus olhos correram lágrimas que secaram de solidão.
Três foram as vezes que a solidão invadiu o meu espírito, e o silêncio o meu corpo.
Três foram as vezes que adorei alguém que mudou, e três foram as vezes que a revelação desse "eu" me surpreendeu.
Três foram as desculpas que ouvi, e outras três as que tento aceitar.
Três são os motivos para acabar uma amizade, e apenas um para a começar.
Três foram as horas que vivi numa falsa mentira.
Três foram os minutos em que acreditei que houvesse esperança.
Três foram os segundos que me restaram para ainda te adorar como de antes.
Três foram as vezes que ganhei coragem e m levantei da cadeira para esclarecer tudo.
Três foram as pessoas que confiaram mais em mim. Depois dessas outras três.
Três são os sentimentos que me descrevem neste momento.
Três.

Quando damos o nosso melhor, o reconhecimento é mínimo. Quando alguém da menos que nós, mas... Fica a memória de termos feito algo de bom. Que isso pese na consciência de cada um.
Dos que ainda a têm.
Porque para pesar, já basta pesar a dor da distancia, que outros compreendem fazendo doer com diantância mal explicadas.
Que algum dia algum de nós se venha a arrepender de algum dos nossos actos. As coincidências... Apenas uma. A que chegava para manter uma amizade. Os riscos a correr, muitos... Mas eu nunca saio a perder...

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Não ao Novo Acordo Ortográfico

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei o texto.
Sabes q podes contar comigo três e mais três e mais três vezes e mais...
:)
Beijinho