terça-feira, 12 de março de 2013

Quero. Sinto. Ouço.

Não sou eu.
Muito menos tu.
Mas eu sei que eu não sei. Não sei o porquê.
Não entendo toda a ânsia. Todo o desejo.
Aqui só existem perguntas, perguntas sem resposta.
Respostas que eu não sei se quero saber. Disso eu sei. Disso tenho a certeza.
Só queria perceber. Perceber o que se passa. O que sentes. O que sinto.
A verdade é que até a mim própria minto, ao dizer que tenho uma certeza quando não tenho.
Mas eu não sei. Não sei se quero. Não sei se aguento.
A tristeza. A dor.
Não sei se me permito.
Mas gostava. Gostavas?!
E só por isso eu arriscava. Por nada, eu arriscava.
Arriscava-me a perder tudo.
A perder a vida, a perder o amor. A perder a segurança.
Mas arriscava.
Só que nunca vou saber, o que tenho a perder, se não percebo o que dizes.
Não entendo o que falas, não entendo o que mostras, não entendo o que dás.
Se ao menos eu tivesse a certeza!
A certeza do que dizes, do que falas, do que dás. A certeza de que isso é o que eu sinto, o que eu mostro, o que eu dou.
Mas no fim não quero. Não sei se quero. Não sei se ouço. Se te ouço. Não sei se te sinto. Não te sinto, nada me dás.
Esta talvez seja eu...
Que não quero, que não sinto, que não dou, que não percebo, que não entendo, que não te ouço...

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