quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Dúvidas

Não sei que se passa. Não sei sequer se este é o momento. Mas tenho dúvidas. Dúvidas do mundo e das coisas. Dúvidas do que se passa, do que se vai passar. Dúvidas simples e claras de coisas complexas. Bem mais complexas do que se pode entender.
Vivo na dúvida de algo que nunca vai acontecer. Que não se vai passar. Que não se pode passar! Mas grito por dentro. Contenho-me mas grito. De dúvida e de ciúme. Do que poderá acontecer, mas que não acontecerá. Grito das coisas que não correm ao meu jeito. Grito de vergonha e escondo-me. Grito e vejo que nada muda, que nada está certo. Estará tudo mais certo do que eu errada? Mais certo que as minhas dúvidas? Que os meus sonhos? Que os meus desejos? Mais certo que a certeza de não vir a acontecer? Mais certo que uma ilusão momentânea? Certo como tudo foi até agora. E calmo. Sem medos. Sem obstáculos. Sem incertezas. Sem fraquejar. Sem errar. É disso que faz a dúvida. Que a consome. Que a perturba e guia.
Não sei se é isto que quero para mim. Não sei.
Partir para coisas novas, descobrir coisas novas. Sentimentos novos. Novas emoções.
Será mesmo este o caminho?
Há dias assim De dúvida. De incerteza. De perguntas que consomem a alma e apertam a garganta. Que consomem o coração. Mas que nos libertam da rotina. Que libertam do comum.
Mas hoje não será o dia. Nem a hora. Vou deixar a incerteza para amanhã. A angustia para amanhã. O medo para amanhã. Pois amanhã é um novo dia para ser vivido intensamente. Tão intensamente como se do último se tratasse. Talvez seja esta a resposta. Talvez seja esta a solução.

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