quarta-feira, 13 de junho de 2012

As Marionetas

No inicio éramos um. Éramos bons, fantásticos, maravilhosos, perfeitos.
Éramos coisa nunca feita, nunca antes experimentada.
Coisa rara, única. Milagre da sabedoria!
Éramos aplaudidos e elogiados. Ofuscados belo brilho do sucesso.
Mas, com o passar do tempo, deixou de ser assim.
A verdade passou a ser meias mentiras.
As coisas passaram a ser tudo por metade.
Metade do brilho, metade do sucesso.
Parecíamos marionetas com pó, esquecidas da multidão, mas lembradas por quem as fazia mexer, sempre mais e mais.
Levantamos o nossos braços de marionetas e sorrimos enquanto as nossas mãos trabalhavam alegremente.
Alegremente pensando num futuro risonho.
Mas aí, tudo começou a ser por um terço.
Um terço da raridade, um terço da experiência, um terço da permanência.
Agora, que somos três em vez de um, somos o Bom, o Mau e o Vilão.
E agora que só há hipótese para Bons e Maus, os Vilões aguardam ser arrumados para entrar em novas peças. Em novas cenas.
Serem manipulados por nova gente, em coisas novas, coisas diferentes.
E esquecer o passado, de marionetas, e passar a actuarem como gente como deve de ser.

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