segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Às Vezes Acontece

Não deviam haver lágrimas para deitar cá para fora,
ou sorrisos à espera de serem arrancados.
Enquanto gela lá fora, por dentro o fogo não consegue iluminar a escuridão.
Perdem-se palavras no tempo, e sentimentos por ai...
Por onde não deviam de andar, não deviam de parar.
Deviam estar guardados onde estavam desde o inicio! De onde nunca nem jamais deveriam ter saído.
Mas saíram.
E perderam-se!
Andam por ai a vaguear...

Posso encontra-los, porém, talvez num sitio escuro, onde se confundem com a tristeza e as sombras da noite.
Linda será a manhã em que, ao encontra-los, poderei dizer-lhes o quão equivocados estavam eles.
Bem que o orgulho podia andar a vaguear por ai.
Queria que hoje fosse ainda Janeiro.
Que fizesse o mesmo frio que agora, mas que estivesse tudo bem como de então.
Frio fora, e dentro também.
Mas o que eu quero não passa apenas de mim.
Bom que não passe. Que esqueça apenas eu quando for lembrada.
Acontece amar e ser amada.
Acontece amar sem ser adorada.
Acontece lembrar e afinal não significar nada...

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Não ao Novo Acordo Ortográfico

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